Muitas pessoas tomam a decisão, a coragem, a atitude de morar em outro país por inúmeros motivos: para estudar, porque surgiu uma oportunidade de trabalho com melhor remuneração em outro país, para alavancar a carreira através de uma experiência profissional internacional, para aprender outra língua, porque se apaixonou por um estrangeiro, para fugir de uma guerra, por alguma insatisfação com o seu país, para ficar longe da família tralálálá, porque têm vontade de conhecer outras culturas ou simplesmente porque busca uma aventura.
De acordo com o dicionário, expatriado é aquele que por motivações (ou razões) diversas deixou a sua pátria. Mas no meu entendimento, expatriado não é exatamente um imigrante. Um imigrante deixou seu país com a intenção de estabelecer um novo lugar para ser a sua casa, ele vai buscar estabelecer raízes lá. Um expatriado não. Ele vai sair de sua terra natal, mas ele continua sem pátria.
O processo de expatriação é muito adotado por empresas multinacionais pelos inúmeros benefícios que traz para empresa: este processo ajuda a manter a uma coesão na unidade de negócios a um nível global por meio da promoção da diversidade cultural e a transferência de know-how (conhecimento) de uma localidade para outra. Além disso, um expatriado pode desenvolver a mão-de-obra local em vários aspectos, desde técnico até pessoal, através da transferência não só de habilidades técnicas e do conhecimento utilizado em outras regiões, mas também porque simplesmente na convivência de dia-a-dia com os funcionários locais ele acaba por compartilhar os seus valores culturais e suas próprias experiências, ajudando na diversificação daquele ambiente.
Uma empresa transfere o expatriado por um pré-determinado período de tempo. O expatriado se muda para outro país sabendo que ficará ali temporariamente e depois a vida segue. Ele pode ser transferido de volta para o seu país de origem (processo chamado de repatriação) ou continuar desenvolvendo a sua carreira como expatriado, se estabelecendo por um período pré-determinado de tempo em outras regiões. O futuro do expatriado depende das aspirações de carreira e pessoais do funcionário, da estratégia e dos objetivos da empresa e também de outros fatores que muitas vezes não estão sob controle de ambas as partes: políticos, econômicos, aprovações de visto, etc.
Quando você olha para um grupo de expatriados inicialmente pode parecer um grupo homogêneo: um grupo de gringos que está temporariamente dentro de uma empresa, de uma comunidade. Entretanto este grupo é formado por indivíduos totalmente diferentes em suas raízes, aspirações e necessidades individuais. Acho que este é um grande desafio das empresas: como oferecer suporte à estes indivíduos de maneira que o processo de expatriação seja bem sucedido e que traga os benefícios esperados, atendendo os objetivos e a missão da empresa.
Em posts futuros vou falar mais sobre os desafios do expatriado e da importância do papel da família no sucesso da expatriação.
Este é apenas um blog pessoal. Compartilho aqui apenas minhas experiências pessoais, minha humilde opinião e as algumas maluquices que passam pela minha cabeça. O que está escrito neste texto não é a pura verdade, qualquer leitor tem todo o direito de ter uma opinião diferente ou de ter tido uma experiência totalmente diferente da minha.